O Centro Cultural Obadará vem desenvolvendo um trabalho a partir da
Conferência Nacional de Direitos Humanos/2008, junto às comunidades
tradicionais, integrante do FLAMA – Frente Liberta Matriz Africana e AGENDDA – Associação Gênero, Diversidade, Direitos e Afetividade (LGBTQI+), para pesquisa, difusão, resgate e inserção da cultura tradicional dos Povos Tradicionais de Matrizes Africanas e de Terreiros, interagindo nos espaços públicos, influenciando na implementação de políticas públicas para o fortalecimento da cultura tradicional, segurança alimentar e combate a intolerância, ao racismo religioso e ao racismo ambiental. Mapeando os territórios sagrados, promovendo a preservação da identidade e compartilhando os saberes dos terreiros através da dança, da música, da culinária, das expressões artísticas, das mitologias africanas, da oralidade, das artes visuais e por diferentes meios fundamentais de comunicação para a ampliação do acesso a cultura e as tecnologias e fortalecimento das linguagens culturais tradicionais na construção de uma sociedade mais justa, equânime e igualitária. Visibilizar a
expressão e a dimensão tanto dos territórios quanto dos saberes e fazeres
tradicionais que ultrapassam o espaço topográfico e está arraigado no ethos
brasileiro, construindo assim uma importante ferramenta de diálogo com o estado
e a sociedade.